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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CRÔNICA PUBLICADA NO JORNAL - O POPULAR - SENHOR DO BOMFIN - BAHIA, AGOSTO DE 2009

PAIXÃO CLANDESTINA NO ESCRITÓRIO

- Vou sai de sua sala sem uma resposta, e isso?!
- Não tenho como me separar agora, meu amor. Meu filho nasceu! Minha mulher precisa de mim. Será que você não tem coração?!
- Não! Tô cansada de suas desculpas! Você não vai se separar, coisíssima nenhuma, Paulo Rogério. Olha aqui, acabou! De hoje em diante, somos apenas colegas de trabalho, entendeu?
- Volte aqui, Maria Paula! Não faça tempestade em copo d´água! Será que você não pode esperar mais alguns meses?
- Já sei! Tenho de esperar os dentinhos de seu filhinho nascer, é isso?
- Não pensei nisso, mas...Com quantos meses nascem os dentes dos bebês?
- Vá para o inferno! Faça essa pergunta à sonsa de sua mulher e me deixe em paz!
Saiu batendo a porta. Ele ficou desesperado. Não poderia perdê-la daquele jeito. Foi atrás dela.
Encontrou-a chorando no almoxarifado. Era costume encontrarem-se no almoxarifado. Amare-se no almoxarifado, brigarem no almoxarifado.
- Minha baixinha...eu sabia que você estava aqui. Olha, eu juro, pelo meu filho. Assim que nascer o primeiro dentinho dele, faço as malas e vou para seu apartamento. Nosso ninho de amor. Não posso viver sem você. Para mim, é uma questão de honra. Meu casamento acabou. A gravidez foi um acidente. Ela me disse que estava se prevenindo. Fui enganado, meu amor... Filhos, de verdade, quero ter com você, minha linda.
Ela sorriu e perguntou fazendo beicinho:
- Jura que você vai morar comigo quando nascer o primeiro dentinho?
- Juro. Quando nascer o primeiro, o segundo, o terceiro...
Ela o interrompeu com um beijo.

Um comentário:

  1. Ozeni...


    Adorei esta crônica!Engraçada mesmo...rsrs
    Seu blog está muito bom. Continue escrevendo!

    Sucesso e felicidade!

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